Sínthia, de Kiko Marques

agosto 18, 2016

Sínthia, de Kiko Marques estreia no Espaço dos Fofos

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Novo projeto da Velha Companhia faz curta temporada em nosso Espaço.

 

Durante dois anos, os artistas da Velha Companhia ficaram imersos numa pesquisa que deu origem ao novo texto de Kiko Marques (ganhador dos prêmios Shell, APCA, Aplauso Brasil e Qualidade Brasil pelo espetáculo CAIS ou Da Indiferença das Embarcações).

Com o apoio do 24º Fomento ao Teatro da cidade de São Paulo e do Instituto Cultural Capobianco, puderam realizar um vasto ciclo de palestras, pesquisa histórica e improvisações cênicas em cima dos temas, Transgeneridade e Ditadura.

Num tempo de imposições, Vicente, um músico clássico esperado por sua mãe como menina, sente compaixão.

A companhia convidou a atriz Denise Weinberg, para assumir a mãe de Vicente, e para participar de toda a pesquisa do projeto Sínthia ao longo desses dois anos. O ator Henrique Schafer pela primeira vez trabalha com a companhia e faz o papel do pai de Vicente, interpretado por Marques. Diversas pessoas contribuíram de maneira fundamental no processo, realizando palestras e levando importante referência histórica e pessoal, como Amelinha Teles, a dramaturga Jo Clifford, os professores Maurício Cardoso e Marco Napolitano, o pesquisador Ricardo Cardoso, entre outros.

Sínthia tem origem numa experiência pessoal. Nasci em 31 de março de 1965, um ano exato após o golpe que depôs o presidente João Goulart, mergulhando o país numa ditadura. Meu pai era oficial da PM do Rio de Janeiro na época. Minha mãe teve dois irmãos homens e dois filhos também homens antes de mim. Muito por isso fui esperado por ela como menina. A partir do mote de uma mulher encarcerada num mundo machista, do paradigma da repressão como forma de amor, e da questão da identidade de gênero, resolvi criar uma obra que falasse de compaixão. A peça conta as histórias de Maria aparecida e seu caçula Vicente, desde seu nascimento em 1968 até o natal de 2013 quando chega para a ceia vestido como Sínthia, nome que teria se tivesse nascido menina. Fala de uma transformação necessária  e ininteligível como tudo o que é necessário, e sobre a incapacidade de aceitar aquilo que não se possui. "Matamos aquilo que não entendemos." Escrita em 2014, a obra mais do que nunca se mostra atual  e necessária pela maneira como a intolerância alicerçada em certezas e interesses, vem se tornando o modo principal de nos relacionar tanto no campo pessoal como social”.
Kiko Marques

A montagem fica em cartaz no Espaço dos Fofos aos sábados, domingos e segundas, às 20h, de 22 de outubro a 14 de novembro de 2016.


duração: 165 minutos (com 1 intervalo de 15 minutos)
classificação etária: 14 anos
capacidade: 52 lugares
ingressos: R$ 40,00 | R$ 20,00
bilheteria: 1 hora antes do espetáculo. Pagamento apenas em dinheiro.
ingressos antecipados:  em breve
meia entrada: estudantes, professores da rede pública, maiores de 60 anos e classe teatral

 

FICHA TÉCNICA

autoria e direção: Kiko Marques
elenco: Denise Weinberg, Henrique Schafer, Alejandra Sampaio, Virgínia Bukowski, Kiko Marques, Marcelo Diaz, Willians Mezzacapa, Marcelo Marothy, Valmir Sant’anna.
diretora de produção: Patricia Gordo                                                                               
cenografia: Chris Aizner
desenho de luz: Marisa Bentivegna
figurinos: Fábio Namatame
direção musical e trilha original: Tadeu Mallaman
preparação e desenho de movimento: Fabrício Licursi
consultora vocal: Fernanda Maia 
assistente de direção: Mateus Menezes                                                                                           
consultor histórico: Ricardo Cardoso 
consultor artístico: Bruno Meneghetti
assistente no processo dramatúrgico: Cristina Cavalcanti
colaboradores do processo dramatúrgico: Marcelo Laham e Maurício de Barros
fotografia: Lenise Pinheiro
assessoria de imprensa: Morente Forte
design gráfico: Fabrício Santos
assistente de produção: Lívia Ziotti
diretor de palco: Fábio Mráz
assistente de figurino: Juliano Lopes
assistente de iluminação e operador de luz: Jean Marcel
operadora de som: Carol Andrade 
cenotécnico: Mateus Fiorentino
quarteto de cordas: Violinos (Mica Marcondes e Alice Bevilaqua), Viola (Elisa Monteiro) e Cello (Vana Bock) 
técnico de gravação e mixagem: Gabriel Spazziani                                             
produtor técnico do estúdio: Ricardo Martins
piano: Jonas Dantas
consultoria musical: Fernando Martin
palestrantes da pesquisa: Jo Clifford, Marcos Napolitano, Maurício Cardoso, Amelinha Teles, Mariana Rosell, Cecília Heredia e Ricardo Cardoso
produção geral: Velha Companhia

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